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O consentimento é um dos pilares fundamentais em qualquer relação sexual saudável e respeitosa. Trata-se de um acordo mútuo entre as partes envolvidas para participar de atividades sexuais. A importância do consentimento vai além de uma simples formalidade, ele é essencial para garantir que todas as pessoas envolvidas se sintam seguras, respeitadas e valorizadas. Essa palavrinha tão difícil de ser considerada, especialmente pelos homens, assegura que todas as partes tenham controle sobre seus próprios corpos e decisões. Cada indivíduo tem o direito de decidir o que é confortável e aceitável para si, sem pressão ou coerção. Respeitar o consentimento é respeitar a autonomia e a dignidade da outra pessoa. Não dá para abrir mão disso em hipótese alguma.
O consentimento promove uma comunicação aberta e honesta. Ele exige que os parceiros conversem sobre seus limites, desejos e expectativas. Essa comunicação não só previne mal-entendidos, mas também fortalece a confiança e a intimidade entre os dois. Infelizmente, o desentendimento sobre consentimento sexual ainda é uma prática muito maior entre os homens. Ou seja, o machismo, e todas as relações de poder envolvidas, cria uma falsa certeza para os homens que eles possuem o direito de se apropriar dos corpos femininos, principalmente se houver relações afetivas estabelecidas - namoro ou casamento. É IMPORTANTE DEIXAR CLARO: a falta de consentimento configura abuso sexual. Garantir que todas as atividades sexuais sejam combinadas é fundamental para prevenir qualquer forma de violência ou abuso. O consentimento deve ser livre de qualquer tipo de pressão, manipulação ou influência de substâncias como álcool e drogas. Não existe a interpretação “ela não disse ‘não’ é porque queria dizer 'sim'". A questão do consentimento sexual está diretamente ligada à percepção que a mulher tem em relação à sua sexualidade. É básico, se ela conhece seu corpo, se tem domínio sobre as coisas que lhe trazem prazer ou não.
Quantas mulheres já tiveram que ouvir a frase ”começou? agora aguenta!”... O consentimento não é um contrato permanente, ele pode ser retirado a qualquer momento. A qualquer sinal de desconforto ou mudança de vontade, é crucial que todos respeitem essa decisão. O respeito contínuo pelo consentimento assegura que todas as experiências sexuais sejam seguras e agradáveis para todos.
Educar sobre o consentimento é vital para promover uma cultura de respeito e igualdade. Esse conhecimento capacita as pessoas a estabelecerem seus limites e a respeitar os dos outros - e isso deve acontecer desde cedo, no início da prática sexual do ser humano, ainda na fase jovem. Promover a importância do consentimento é um passo crucial para construir uma sociedade onde o respeito mútuo e a dignidade humana sejam priorizados em todas as relações.
FICA O ALERTA!
Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma data muito importante para explorar o assunto consentimento, especialmente com crianças e adolescentes do sexo feminino. O Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2024, estudo realizado pela Fundação Abrinq, identificou que, entre as notificações de violência sexual ocorrida contra crianças e adolescentes, a maioria das vítimas são do sexo feminino. Em 2022, foi constatado que as meninas abusadas corresponderam a 87,7% dos casos de violação ocorridos no país. O mais alarmante é que grande parte dos autores são pessoas da família (pais, avôs, tios e primos) ou conhecidos (amigos e vizinhos).
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