Com a chegada do Dia das Mães, é fundamental refletir sobre como as mulheres são percebidas após a maternidade no contexto social. Se a sociedade já tende a não reconhecer plenamente o direito das mulheres à sua própria sexualidade, após a maternidade, elas frequentemente deixam de ser vistas como seres com desejos e necessidades sexuais. Essa percepção tem raízes em várias causas, como tabus em torno do sexo, ideias patriarcais e o mito da pureza ligado ao cristianismo, onde a maternidade é associada a uma experiência sagrada, desconectada da sexualidade. Essa visão leva muitas pessoas a enxergarem a maternidade como algo incompatível com o desejo sexual. Como resultado, a sexualidade das mães é frequentemente desconsiderada ou até mesmo "proibida". Em alguns casos, isso afeta até mesmo a dinâmica conjugal, com maridos que deixam de ver suas esposas como parceiras sexuais. No entanto, é importante lembrar que essa percepção está enraizada em crenças limitantes e sistemas machistas. Todas as mulheres, incluindo as mães, têm direito à sua sexualidade e ao prazer. Para as mães que acabaram de dar à luz, é essencial respeitar seu próprio tempo e ritmo, reconhecendo que o corpo passa por transformações e que cada experiência é única. Além disso, a sexualidade saudável é um direito de todos e um componente crucial para uma vida plena e equilibrada, como aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, é vital quebrar esses estereótipos e apoiar as mulheres em sua jornada, garantindo que a maternidade e a sexualidade não sejam vistas como mutuamente exclusivas.
QUEM DISSE QUE AS MÃES NÃO TRANSAM?
Atualizado: 4 de jul.
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